Cores e Traços da Origem (2021)

A intervenção urbana Cores e Traços da Origem concebida pela atriz e artista plástica Thaís Medeiros pretende reivindicar e apropriar-se da cidade como um espaço não só para a arte, mas também para lançar um olhar e uma reflexão a uma de nossas origens a partir de imagens e cantos transcritos da tradição indígena brasileira.

Trazer o resgate do espaço da memória através de imagens e da escrita indígena para o concreto, o urbano, o civilizado consiste em um desafio e uma possibilidade de criar uma experiência poética, uma outra realidade para dialogar com os espectadores.

Nesta intervenção estão reunidas obras em serigrafia e acrílica sobre tela, inspiradas em algumas imagens do espírito dos povos da floresta de várias etnias, em seus cantos e na sua língua que revelam a busca da artista sobre a ancestralidade do povo brasileiro através de cores, formas, desenhos e palavras, convidando o espectador a abrir espaços, criar frestas para ver, sentir e refletir sobre as culturas indígenas.

Na intervenção cada performer transita pelo espaço público com uma obra da série Cores e Traços da Origem com a intenção de provocar um diálogo com os transeuntes. Os performers carregam vozes e cantos de lideranças indígenas atuais de várias etnias criando no espaço urbano um tempo/ espaço para ver, ouvir e refletir sobe as reivindicações dos mesmos para a demarcação das terras, pedido de proteção contra projetos que podem causar um novo genocídio indígena, contra as invasões de suas terras por garimpeiros e contra a destruição da natureza, das florestas… 

A intervenção Cores e traços da origem foi realizada em 2013 na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. É um desdobramento da exposição de mesmo nome realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 2011.

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